Apesar de serem questionados nas redes sociais pelo fato de terem endossado as candidaturas de Hugo Motta (Republicanos), na Câmara, e de Davi Alcolumbre (União Brasil), no Senado, integrantes do núcleo duro do bolsonarismo apontam esse fato como uma estratégia vital para o ano de 2026.
Na avaliação dos aliados mais fiéis ao ex-presidente da República, conforme apurou O Antagonista, é importante ter acesso a comissões e cargos estratégicos nas duas casas para que seja possível emplacar pautas importantes, como a anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro, por exemplo.
Mais cedo, como mostramos, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), criticou a candidatura de Marcos Pontes à Presidência da Casa: “Não se chega na lua sozinho”.
No Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve ser indicado como presidente da Comissão de Segurança Pública e Damares Alves (Republicanos) ficará com a Comissão de Direitos Humanos; na Câmara, Eduardo Bolsonaro deve ficar com a Comissão de Relações Exteriores.
De acordo com integrantes do núcleo duro do bolsonarismo, o entorno do ex-presidente vem tentando apontar a Jair Bolsonaro que “a política é a arte de dialogar mesmo com quem quer te ver fora dela”. “Enquanto [alguns setores do bolsonarismo] não tiverem isso claro, as possibilidades de [eles] sentarem nas mesas de negociação fica reduzida, mesmo tendo o ativo mais relevante da política: o voto”, admite uma fonte ligada ao ex-presidente a O Antagonista, em caráter reservado.
“Não é novidade para ninguém que acompanha a bolha da chamada extrema-direita, que muitos estão revoltados com Bolsonaro por, vejam só, dialogar com outros setores da sociedade e reduzir seu ímpeto bélico”, acrescenta outro aliado importante do ex-presidente a O Antagonista.
“Goste-se ou não, Bolsonaro vem colhendo resultados desde as eleições municipais ao passo que esses dividendos acabam por enfraquecer setores mais radicais. O ex-presidente parece ter descoberto o óbvio, que optar por ouvir conselhos e seguir uma linha mais civilizada é o caminho para suas pretensões em 2026”, reafirma essa liderança do PL.
Diário do Brasil Notícias
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