O processo judicial contra Maluf tramita há mais de 30 anos e envolve a utilização de um trevo de quatro folhas em formato de coração como identidade visual da Prefeitura de São Paulo durante sua gestão, em 1993. A Justiça entendeu que o símbolo configurou promoção pessoal, o que resultou em sua condenação em 1994.
Além da mansão no Guarujá, os bens bloqueados incluem terrenos e imóveis comerciais em São Paulo, Itaquera, Parelheiros e Itapecerica da Serra. Entre eles:
25% de um imóvel na Rua Augusta com vários lotes comerciais;
25% de um imóvel na Avenida Jacu Pêssego, em Itaquera;
50% de um imóvel na Rua Florêncio de Abreu, centro de São Paulo;
Terrenos de grandes dimensões em Parelheiros e Itapecerica da Serra.
A decisão proíbe a venda ou transferência dos bens, garantindo que os valores sejam revertidos para a quitação da dívida.
Inicialmente, o valor da condenação era menor, mas com o passar dos anos, juros e correção monetária elevaram a dívida para R$ 417.103.110,96. O caso de Maluf se arrasta há décadas, sendo um dos mais emblemáticos da Justiça brasileira.
Maluf, que já cumpriu pena por corrupção e lavagem de dinheiro, segue em liberdade por conta de sua idade avançada e problemas de saúde. Com a nova decisão da Justiça, ele pode perder parte de seu patrimônio para quitar os débitos com o Estado.
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