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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Mulher autuada por morte em presídio no Ceará, diz que era assediada por outros presos Bruna Martins Patrício confessou ter matado Manoel Francisco Pamplona Gomes a golpes de cossoco.

                         FOTO: REPRODUÇÃO 

Autuada em flagrante pelo homicídio que vitimou Manoel Francisco Pamplona Gomes, de 54 anos — crime ocorrido no último dia 17 de dezembro na Unidade Prisional Itaitinga 5, na Região Metropolitana de Fortaleza —, Bruna Martins Patrício, uma travesti de 26 anos, confessou a autoria do assassinato em depoimento à Polícia Civil.

Conforme a sua versão, ela desferiu golpes de cossoco (um tipo de arma artesanal) após a vítima começar a se masturbar enquanto os dois estavam deitados na mesma cela. Bruna também disse que decidiu matar a vítima “porque estava sendo assediado pelos presos e a direção do presídio não fazia nada a respeito, pela segunda vez”.

O advogado de Manoel Francisco, Candido Magalhães, nega que a vítima estivesse se masturbando. Ele afirma que, pelo contrário, foi a suspeita quem tentou manter relações com ele. A cela onde o crime foi registrado é reservada a cumprimento de punição disciplinar.

Bruna havia sido transferida para o espaço no próprio dia do crime. Lá, já estavam Manoel Francisco e um outro preso, que não teve envolvimento com o homicídio. Bruna afirmou que a arma já estava na cela, tendo sido escondida por ela própria em uma outra ocasião em que foi recolhida ao espaço.

Bruna foi autuada por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido. No último dia 20, ao decidir pela manutenção da prisão da suspeita, o juiz Luiz Eduardo Viana Pequeno mencionou a “extrema gravidade da conduta praticada ”, uma vez que Bruna desferiu os golpes no pescoço da vítima.

O POVO entrou em contato com a Secretária da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) questionando sobre as denúncias de assédio feitas por Bruna e o motivo pelo qual ela estava em uma cela com dois homens.

A pasta informou apenas que “não tolera qualquer tipo de conduta que possa ofender, ameaçar ou constranger as pessoas privadas de liberdade sob a sua tutela” e que “contribui e atua firmemente para o total esclarecimento do crime de forma integrada com a Polícia Civil

Fonte de notícias: o povo

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