Cid declarou que não poderia aceitar o que chamou de “privilégio" do PT.
O senador Cid Gomes (PSB) oficializou seu rompimento com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), após uma reunião tensa e breve realizada na sexta-feira (15).
O encontro durou cerca de 10 minutos. Durante a conversa, Cid Gomes deixou claro que não aceitaria a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nas mãos do PT. Elmano foi direto em sua resposta, afirmando que o PT ficará com a presidência. Diante do impasse, Cid reagiu enfaticamente: “Não mudo de posição. E vou romper.”
Em busca de alternativas, Cid Gomes começou a articular a candidatura de Salmito Filho para a sucessão de Evandro Leitão (PT), atual presidente da Alece. No entanto, ele enfrenta desafios. Dos 46 deputados estaduais, Cid deve contar com o apoio de, no máximo, cinco parlamentares: Guilherme Landim, Lia Gomes, Jeová Mota, Sérgio Aguiar e Marcos Sobreira. Porém, esse apoio pode encolher. Jeová Mota, por exemplo, já declarou fidelidade ao governador Elmano e pediu para que Cid libere os deputados para apoiar o candidato do PT. Com isso, o número de aliados do senador poderia ser reduzido para apenas quatro. Além disso, Salmito Filho, apontado como potencial candidato, pode optar por não disputar contra o PT, o que enfraqueceria ainda mais a estratégia de Cid.
Outro ponto de atrito na reunião foi a indicação de nomes para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-CE). Cid sugeriu a deputada Lia Gomes, sua irmã, e a ex-governadora Izolda Cela (PSB) para uma vaga no TCE. Contudo, Izolda está fora da disputa por não atender ao limite de idade, e Elmano rejeitou a indicação de Lia Gomes. O governador foi firme: “Decidirei depois quem será indicado para o TCE.”
Sem avanços nas negociações e insatisfeito com as decisões de Elmano, Cid encerrou abruptamente a reunião, declarando que não poderia aceitar o que chamou de “privilégio" do PT.
Portal CN7
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