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terça-feira, 7 de maio de 2024

16 anos após assassinato de filha, Alexandre Nardoni deixa prisão

                        FOTO: REPRODUÇÃO 

Nardoni terá que permanecer em sua residência das 20h às 6h, podendo sair apenas para trabalhar, sendo proibida sua presença em locais como bares e casas de jogos.

Na manhã desta segunda-feira, 06/05, a Justiça de São Paulo determinou a saída de Alexandre Nardoni do presídio em Tremembé, interior paulista, onde ele cumpria pena desde 2008 pelo assassinato de sua filha, Isabella Nardoni.

A decisão, publicada hoje, autorizou Nardoni a cumprir o restante de sua sentença de 31 anos em regime aberto.

O acusado foi liberado por volta das 17h20, de acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). A progressão para o regime aberto foi solicitada pela defesa de Nardoni, apesar do parecer inicialmente desfavorável do Ministério Público.

O juiz José Loureiro Sobrinho, responsável pelo caso, considerou que Nardoni mantém boa conduta na prisão, cumpriu mais da metade de sua pena e tem comparecido regularmente às saídas temporárias desde 2019, quando obteve o benefício do regime semiaberto.

Conforme determinação do magistrado, o réu deverá cumprir o restante de sua pena em casa, comparecendo à Vara de Execuções Penais a cada três meses. Além disso, Nardoni terá que permanecer em sua residência das 20h às 6h, podendo sair apenas para trabalhar, sendo proibida sua presença em locais como bares e casas de jogos.

O caso Isabella Nardoni chocou o país em 2008, quando a menina de 5 anos foi encontrada morta após ser jogada da janela do apartamento onde seu pai vivia com a esposa, Anna Jatobá. O casal foi condenado pelo crime, mesmo alegando inicialmente que se tratava de um intruso no apartamento.

Anna Carolina Jatobá, então esposa de Nardoni, também progrediu para o regime aberto e foi solta em junho de 2023. O caso gerou grande repercussão e debates sobre violência doméstica e crimes contra crianças.

Apesar da decisão judicial, o promotor Luiz Marcelo Negrini expressou preocupação, argumentando que Nardoni não assume a autoria do crime e defendendo que o réu deveria passar por mais avaliações antes de ser liberado.

(Folha do Estado)

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