O governo Lula, que mal completou um ano em seu terceiro mandato, enfrenta mais um escândalo envolvendo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A pasta, liderada por Silvio Almeida, confirmou o custeio de uma viagem de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico” do Amazonas e esposa do líder de uma facção criminosa no estado. A polêmica veio à tona após a indicação de Luciane como representante do Amazonas em um evento em Brasília.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania esclareceu que o empenho para custear a viagem aconteceu após Luciane ser indicada como representante do estado para o “Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura”. O evento ocorreu nos dias 6 e 7 de novembro deste ano. A pasta afirmou que o Comitê estadual do Amazonas a indicou para participar do encontro, e todos os convidados tiveram suas despesas.
Em nota oficial, o ministério ressaltou que os Comitês de Prevenção e Combate à Tortura possuem autonomia orçamentária e administrativa. O custeio das passagens e diárias foi realizado com recursos destinados pelo próprio ministério ao Comitê, que seguiu as indicações dos comitês estaduais para a participação no evento.
A revelação da viagem custeada pela pasta ocorreu durante uma entrevista coletiva convocada após a divulgação de reuniões da “dama do tráfico” no Ministério da Justiça. Luciane Barbosa Farias, esposa do chefe de uma facção criminosa no Amazonas, foi condenada em segunda instância a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Ela aguarda o julgamento em liberdade. O Ministério Público alega que Luciane desempenhou papel essencial na ocultação de valores do tráfico movimentados por seu marido, Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas.
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