O ex-policial Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, foi esfaqueado na prisão nesta sexta-feira (24). As informações foram divulgadas pela Associated Press (AP), citando uma fonte familiarizada no assunto. O estado de saúde dele é grave.
Chauvin trabalhava como policial em Mineápolis e foi condenado a 22 anos e meio de prisão. Ele é acusado de ter asfixiado Floyd, um homem negro, em maio de 2020. O assassinato gerou uma série de protestos nos Estados Unidos e ao redor do mundo para combate ao racismo.
De acordo com a AP, o ex-policial foi esfaqueado por um outro detento dentro de uma prisão federal do estado do Arizona. A penitenciária tem sido alvos de críticas recentes por falhas na segurança e falta de pessoal.
A agência federal dos Estados Unidos responsável pela administração das prisões afirmou que os funcionários contiveram o incidente e realizaram "medidas para salvar vidas". Chauvin foi levado ao hospital. Outros detalhes não foram fornecidos.
As visitas à prisão onde o incidente aconteceu foram suspensas. O FBI também foi notificado do caso. Até a publicação desta reportagem os advogados do ex-policial não haviam se manifestado.
Na semana passada, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso contra a condenação de Chauvin por homicídio. Paralelamente, a defesa dele tenta provar que novas evidências indicam que ele não causou a morte de Floyd.
O ex-policial foi gravado pressionando o joelho contra o pescoço de Floyd em uma rua, em frente a uma loja de conveniência. Outros três policiais que estavam no local também receberam condenações, com penas menores.
Morte de George Floyd
George Floyd morreu em maio de 2020 após ter o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin, em Mineápolis, por 9 minutos e 29 segundos.
A polícia estava no local porque o ex-segurança negro, de 46 anos, teria tentado pagar uma conta em uma mercearia com uma nota falsa de US$ 20. Imagens mostraram que Floyd não ofereceu resistência à abordagem dos agentes.
A violência policial contra um homem negro e pobre — mais um caso entre tantos — gerou uma série de protestos em Mineápolis que logo se espalharam para diversas partes dos Estados Unidos.
Durante semanas, ruas das maiores cidades americanas ficaram lotadas de manifestantes que protestavam contra o racismo, em uma mobilização que atravessou fronteiras e chegou a outros países.
O tema entrou na pauta das eleições presidenciais de 2020. O então candidato do Partido Democrata, Joe Biden, escolheu a senadora Kamala Harris, uma mulher negra e ex-procuradora, como candidata a vice-presidente.
G1
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