O senador Cid Gomes, destituído da presidência do diretório do PDT no Ceará pela Executiva Nacional, afirmou nesta quinta-feira 9 que não dialogará mais com o comando da sigla.
Ele mencionou diretamente Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente nacional licenciado do PDT, e o deputado federal André Figueiredo (CE), presidente nacional em exercício.
As declarações foram concedidas após participação na 26ª Conferência da União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais, em Fortaleza.
CartaCapital procurou Lupi e Figueiredo, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
Nesta semana, o PDT divulgou um documento a apontar o ex-governador Ciro Gomes como o responsável pela proposta de intervenção da diretoria nacional na seção do Ceará, ocorrida em 27 de outubro.
A ação acontece em meio a uma disputa entre os irmãos Ciro e Cid e envolve, entre outros pontos, discordâncias sobre a estratégia de se aliar ou não ao PT nas eleições municipais de 2024. A crise, porém, se intensificou no ano passado, devido a divergências em torno da disputa pelo governo cearense.
A ata da reunião extraordinária da Executiva Nacional do PDT em que a intervenção ocorreu registrou o momento em que “Ciro sugere que a única forma de conciliação seria a nacional estabelecer uma dinâmica e intervir com uma comissão executiva mista no diretório pedetista do estado do Ceará”.
Ciro chegou a afirmar que a relação com Cid, neste momento, é “a pior possível”. O ex-presidenciável defende a reeleição de Sarto Nogueira (PDT) para a prefeitura de Fortaleza, enquanto o senador busca uma aliança com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).
Carta Capital
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