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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Prisão de Chapolin confirma o Ceará infestado de coisa ruim






Além da dengue, zica e chikungunya, o Ceará está infestado de bandidos perigosos. A prisão ontem do braço direito de Fernandinho Beira Mar, pela Polícia Federal, só vem confirmar o que se temia há sete anos atrás.

Em novembro de 2010, uma megaoperação da PM carioca, reuniu 350 policiais, provocando a fuga em massa de criminosos da comunidade. Depois de assistirmos as imagens de muitos deles fugindo para evitar a prisão, comentamos da possibilidade desses criminosos buscarem outras regiões do País, onde pudessem se estabelecer para dar continuidade a sua vida de crimes, já que no Rio por serem facilmente identificados, ficara dificil a sua permanência. E uma pessoa aventou a possibilidade de alguns deles procurarem o Nordeste, por ser uma região em franco desenvolvimento e onde a repressão ao crime ainda não se fazia tão evidente quanto nos dias de hoje.

Pode parecer coincidência, mas daquela época até hoje, cresceu o número de crimes, envolvendo traficantes e viciados. O número de ataques a agências bancárias no interior, que tinha alguns registros em 2007, passaram a ser mais acentuados. E o trânsito deles entre nós ficaria mais notório em março do ano passado, quando a Polícia prendia o traficante de drogas e armas Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), irmão do Marcola — líder da facção criminosa fundada nos presídios de São Paulo.

Ontem foi a vez desse integrante do Comando Vermelho. Chapolin, como era chamado,
foi encontrado em seu apartamento no bairro Vicente Pinzon. Era proprietário de dois comércios no centro de Fortaleza e de outro apartamento, numa das regiões nobres da capital cearense.

O histórico de crimes desse bandido destaca-se, principalmente, pela execução de um homem, a mando de Beira Mar, no qual Chapolim chegou a gravar todo o esquartejamento, que depois chegou a postar nas redes sociais.

A presença desse criminoso, vivendo entre nós como se fosse uma pessoa do bem, só revela a necessidade de se firmar uma melhor estrutura da polícia de inteligência, no que se refere a questão de se investigar preventivamente. Os criminosos se especializaram e é preciso que a outra parte, a do combate, deixe de conviver com o dilema de que só passa a agir depois de roubada.


Tribuna do Ceará
Foto ilustrativa

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