Operação combate facção suspeita de decapitações e esquartejamentos

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22), uma operação contra uma quadrilha apontada como responsável pelo de tráfico de drogas, na Zona Norte de Porto Alegre. O grupo é suspeito de uma série de assassinatos violentos, com decapitações e esquartejamentos, na capital e Região Metropolitana.

“Nessa grande área da capital, os traficantes tinham um organograma tradicional, com seus líderes do alto escalão, gerentes, distribuidores, e até vapozeiros e soldados do tráfico. Mas dentro desse sistema, tem nitidamente uma célula a mais, um nível a mais, que seriam pessoas do narcotráfico que teriam a função de serem os carrascos. Pessoas responsáveis pelos assassinatos (...) então, a face mais sangrenta, a face mais violenta da facção criminosa, eram os carrascos”, explica o diretor do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), Mário Souza.

O Denarc cumpre 67 mandados de prisão e de busca e apreensão no bairro Mário Quintana, na Zona Norte de Porto Alegre.

Ao todo, 700 policiais participam da ação, sendo que sete dos mandados são coletivos. Em um deles a polícia pode fazer buscas em mais de 250 casas.

O grupo, conforme a polícia, é liderado pelo traficante José Dalvani Nunes Rodrigues, conhecido como Minhoca. Ele foi preso em agosto passado no Paraguai e é apontado como um dos principais integrantes da maior facção criminosa do estado.

Apesar de já estar sob a custódia do estado, ele segue coordenando as ações do grupo.

"A quadrilha investigada faz parte de uma facção. A facção é formada por grandes grupos, e um desses grupo é o que coordena o tráfico de drogas no bairro Mario Quintana. Então, a facção tem seus líderes e dentro dessa facção, tem as células, como a gente chama, e essa célula é a que coordena o tráfico de drogas no Bairro Mário Quintana. O líder dessa célula está preso, foi identificado, está preso e continua exercendo a sua função no topo da pirâmide, no caso do tráfico do bairro Mário Quintana", explica o delegado do Denarc responsável pela investigação, Guilherme Calderipe.

Fonte:G1