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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Palestina: adolescente é “queimado vivo” e seu primo é espancado pela polícia




Na sexta-feira (4), foi revelado que Muhammad Abu Khdeir, um jovem de 16 anos que vivia no campo de refugiados de Shu’afat, na Jerusalém Oriental, não morreu de ferimentos na cabeça, e sim foi queimado vivo. A informação veio através de uma autópsia da Autoridade Palestina, enquanto o governo israelense, que foi o primeiro a realizar o procedimento post-mortem, não negou a denúncia palestina – o que sugere que ela seja verídica.


No mesmo dia, em meio aos protestos em Jerusalém Oriental entre palestinos e forças de segurança israelense, dois policiais mascarados foram flagrados por uma câmera espancando violentamente o jovem norte-americano Tariq Khdeir, 15, enquanto ele jazia indefeso no chão. Depois, o vídeo mostra o adolescente sendo arrastado para a cadeia, onde sua família não poderia contatá-lo.  No presídio, ele não recebeu nenhum tratamento médico por horas.


Compreensivelmente, os palestinos que vivem tanto sob um regime de ocupação na Cisjordânia quanto como cidadãos de segunda classe em Israel, tomaram as ruas, protestando e queimando pneus, apesar de o próprio pai de Muhammad pedir “que os dois lados parem com o derramamento de sangue”.  Mas em Israel, mesmo com significantes demonstrações públicas condenando os atos de vingança, os gritos de “Morte aos Árabes” continuam a proliferar nas mídias sociais e na atmosfera do país. Enquanto isso, aumentam os protestos em cidades árabes e, provavelmente, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza continuarão.


Frente ao fato de um cidadão norte-americano ter sido espancado por policiais israelenses e detido sem nenhuma acusação, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma declaração condenando o incidente – a fala foi considerada fraca. Todavia, a condenação norte-americana, principal país aliado de Israel, foi muito vigorosa, já que os EUA não possuem um bom histórico em emitir posicionamentos fortes quando as vítimas são palestinas. Mas nesse caso, as palavras foram tão fortes quanto o crime.


Obviamente, Muhammad foi provavelmente morto por extremistas judeus, e não pelo governo israelense. E mesmo que muitos possam argumentar que o atual governo de extrema-direita de Israel possa ter incitado tais atos terríveis, ninguém pode seriamente acreditar que forças israelenses estiveram envolvidas – o que é diferente do que aconteceu com o primo de Muhammad.




Não, o jovem Tariq foi espancado por policiais da mesma maneira como já aconteceu diversas vezes contra civis palestinos.



E, enquanto o governo norte-americano pede em sua declaração que os dois lados diminuam a tensão, não dá nenhuma indicação de que exista uma verdadeira diferença entre os dois lados – que um é uma força ocupante com enormes recursos políticos e militares, e o outro é um povo despejado de suas terras e cujo “governo” não controla virtualmente nada.


É por isso que os EUA nunca podem ser considerados nada além do que um obstáculo para a paz.


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